Há algum tempo fui ao supermercado e observei a
placa colocada em um caixa:
Atendimento preferencial:
Idosos
Gestantes
Mães com
crianças de colo
Etc.
Assim como aquele supermercado, diversos bancos, lotéricas, ônibus e outros estabelecimentos destinam atendimento preferencial em atendimento a leis federais, estaduais e municipais. Ali, ainda na fila, comecei a refletir um tantinho. Por que mães? E
os pais?
Nossa infeliz sociedade patriarcal estimula a ideia
de que o pai deve se posicionar como o “provedor”. E, muitos pais se dedicam apenas a isso. Provedor, entenda-se, como
provedor de dinheiro. É fácil encontrar quem diga: "sou um bom pai, não deixo faltar nada em casa!" Você, pai, entenda o seguinte: sua preocupação com o
bem-estar material de sua prole é bastante digna, importante mesmo. Porém,
dinheiro qualquer um pode dar. Se você morrer, provavelmente seu filho poderá receber uma pensão que fará esse papel. Se não, um tio, um avó, um amigo da família...
qualquer um pode trazer o alento financeiro.
Tenha em mente que a provisão mais essencial que
seu filho pode ter é a amorosa. Sua presença, seu carinho, seu companheirismo
nas brincadeiras, no cuidado, no amor... isso não se substitui. E o melhor: você
não apenas oferece, mas recebe muito mais de volta. Um simples sorriso tímido,
mostrando os dentinhos, compensa com sobras o esforço de ficar impulsionando
uma cama elástica com os braços para ver sua pequenininha preguiçosa chacoalhar
animada.
Papel de pai é múltiplo. É um vínculo que se
escolhe alimentar. Faça essa escolha! Os benefícios são incalculáveis e
indescritíveis. Fazendo isso, com toda certeza, você terá sempre atendimento
preferencial no coração de seu filho.
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