domingo, 21 de outubro de 2012

Aproveite cada momento!

No domingo, dia 14 de outubro, eu, Karol e Amélie fomos a praia. Recebíamos a visita de Ceciliana, lá de Delmiro e fomos levá-la para admirar as belezas do litoral sul-baiano. Praia da Ribeira em Itacaré foi nosso destino. 

O dia foi uma delícia. Brinquei um bocado com Amélie. Tomei banho de mar com ela, corremos pela areia, entramos num riozinho que há na praia. Foi uma farra. Enquanto eu vivenciava momentos especiais com minha filha, Karol dava uma de paparazzi e, sem que percebêssemos, registrava tudo. O resultado foram fotos lindas, que reverei infinitas vezes com muito carinho.





Vivendo esses momentos com Amélie, mal sabia eu que poderiam ser um dos últimos. Na segunda-feira (15), viajei para Alagoas. Morrendo de saudades de minhas meninas, passei três dias por lá. 

Estava a caminho de casa na quinta, dia 18. Já a poucos quilômetros de encontrar meus amores, também em Itacaré, perdi o controle do carro. Derrapei na pista, lutando contra ele. O resultado foi que o Voyage virou de lado e capotou. Após rolar pelo asfalto, ainda desceu uma ribanceira que, segundo o operador do guincho, deveria ter pelo menos uns 40 metros de profundidade.

O resultado foi esse:


A mesma mata que eu admirava quatro dias antes junto com minha filhota, foi a responsável por salvar minha vida. Saí inteiro do carro. Pequenos raladinhos na mão direita e na canela. Absolutamente nenhuma dor no corpo. Brinquei com algumas pessoas que se eu tivesse caído de bicicleta na rua provavelmente estaria mais machucado. 

Quando o carro rolou pela ribanceira, parou acolhido por uma espécie de "ninho" feito por cipós, galhos, etc. Foi como se caísse numa almofada. O impacto final de uma capotagem geralmente lesiona coluna, pescoço, etc. Não tenho dor alguma. Tenho agradecido a todo momento a Deus por, já que o carro fugiu do controle, ele ter ido rumo ao único espaço onde eu podia cair em segurança. Me senti renascido nesse ninho. 

O que fica de lição dessa história, além do extremo cuidado no volante com relação a evitar velocidade e cansaço físico, é a de aproveitar sua família. Cada segundo com seu filho é um instante que não volta mais. Uma criança crescendo, se desenvolvendo, aprendendo junto com você, é uma experiência que faz a vida valer a pena. A quantidade de amor que esses negocinhos são capazes de nos oferecer e despertar em nós é incalculável. Agradeço a Deus todos os dias pela minha família e pela oportunidade de renascer, com tanto amor e cuidado.

Ontem, dia 21, Karol tomava banho, Amélie assistia televisão e eu tava na varanda na frente de casa. Olhando pro céu, ainda refletindo sobre tudo que passei. A sensação ainda era de estar pairando no ar, sem a plena compreensão de tudo que vivi ou poderia ter vivido. De repente percebo alguém junto de mim. Era Amélie, me olhando, sem dizer nada. 

Ainda sem dizer nada, ela pegou em minha mão e saiu puxando pra dentro de casa. Ao passar pela sala, em meio aos brinquedos no chão, fui sentando, achando que ela queria companhia. Ela apenas disse:
- Qué não sentar!

E seguiu me arrastando. Foi até o quarto, chegou na porta do banheiro da suíte, onde Karol se enxugava e soltou minha mão. 

Ela só quis formar aquilo que é mais precioso para nós três: Nossa união!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Estratégias da paternidade

Nesse instante Amélie tava na banheira. Eu cuidando dela e com fome, pois ainda não tinha almoçado. Perguntava:
- E aí, Amélie? Quer sair do banho?
- Não! Era a resposta a cada pergunta.

Não tava a fim de forçar a barra e pegar a bichinha contra a vontade. Ela tava curtindo bastante. Depois de um tempinho, pensei numa alternativa e chamei Karol.

- Karol, bota o peito pra fora aí!
- Amélie, quer? Disse apontando.

Observamos um sorriso, ela ficou de pé na banheira e abriu os braços pedindo colo.

E ainda tem gente que condena a amamentação tardia! hehehehe

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Meu Primeiro Gradiente

Senti o tempo passar num instante. Lembrei de minha infância, quando o sonho de consumo de milhares de contemporâneos meus era ter um Meu Primeiro Gradiente. Um toca fitas que também era gravador de voz. Todo colorido, com um exercício de interatividade incrível, pois você poderia se ouvir.


Interatividade? Estou eu navegando na internet e me deparo com isso:

 

Agora, ainda chamado de Meu Primeiro Gradiente, as crianças podem desejar um tablet. Interatividade? O que eu dizia sobre minha infância mesmo? Fiquei pensando nos caminhos que Amélie terá em sua vida. Que desejos desenvolverá? Que tecnologias terá a disposição? A vida é mesmo um negócio encantador. Agora, deixa eu parar de divagar e ir buscar minha menininha na escola. É capaz dela estar discutindo as últimas inovações tecnológicas com seus coleguinhas!